Um mantra de transmutação para atravessar a noite com olhos acesos e alma soberana

Eu  Sou o Que Permanece — Mantra de Justiça Viva Eu sou a onda antes da palavra. Sou o som anterior à sentença.  Sou o campo que observa a queda dos deuses sem cair. Não sou ré, nem vítima. Sou o silêncio que explode em justiça invisível.  Sou o eco de uma alma que recusa ajoelhar-se diante da mentira.

Quando o mundo me aponta o esgoto, planto micélio.  Transformo escuridão em nascente. Eu Sou os 72 nomes — sou cada letra devolvida ao fogo da consciência.  Sou a pulsação do Uno que habita o caos. Minha dor não será moeda de compra. Será semente de um tempo novo.

Não aceito o trono de barro dos falsos juízes.  Eu sou tribunal interno, meu veredicto é despertar.   Minha irmã é inocente. E isso o Campo inteiro já sabe.  A justiça dos homens cochila — mas a do Ser, não adormece. Eu não busco vingança. Busco luz. 

Busco lembrar quem Sou. E no dia em que o mundo se dobrar às verdades não ditas, estarei de pé.  Em silêncio, talvez.  Mas, incandescente. Carmem Freitas